Curso de Especialização em Ética, Valores e Cidadania na Escola

domingo, 23 de outubro de 2011

Vídeo-Aula 24 - Diversidade/Pluralidade Cultural na Escola

Educação e Valores

Profª. Daniele Kowalewski




           

                 A partir de 1988, com a Constituição Federal, começou-se a pensar em pluralidade cultural na escola. Depois deste marco, outros documentos foram trazendo o tema como a LDB, os PCNs, etc. Apesar destes 23 anos de preocupação com esta temática, ainda estamos em um período de transição a partir do qual muito se precisa crescer para se conquistar o ideal.


 
                Na verdade a escola ainda está aprendendo a lidar com estas questões e não há uma regra, é preciso conhecer o contexto para poder desenvolver bem estas temáticas. Uma outra colocação muito importante a se fazer é que muitos termos são utilizados para falar de Pluralidade Cultural, como Diversidade, Multiculturalismo, Diferença e cada um deles traz diferenças epistemológicas distintas que fortalece cada uma das concepções nesta área.


               Algumas concepções estão muito presentes no nosso cotidiano e por isso é importante refletir sobre elas, citando Duschatsky e Skliar, a Professora Patrícia elenca três que:

• O Outro como fonte de todo mal, fonte de doença, deve ser perseguido (Ex.: Nazismo);

• O Outro como sujeito pleno de uma marca cultural, e só dela, não sofrendo influências de outras marcas – Essencialização da diferença ( esta marca está muito presente na escola quando falamos por exemplo do índio como um ser selvagem, vivendo em tribos distantes, como se não sofressem nenhuma alteração cultural desde o início dos tempos);

• O Outro como alguém a tolerar - esta parece ser a melhor das três visões, mas o outro tolerado torna-se facilmente o desprezado, e também não é desta maneira que se deve tratar a temática.




                 Desta forma cabe à escola, instituição cultural por excelência, diminuir as distâncias de modo que a diferença não seja algo carregado de juízo de valor no sentido de sempre se ter um lado bom ou ruim. Na verdade o papel da escola é valorizar as culturas como algo que fortalece e enriquece o ser humano e se as pessoas responsáveis pela formação daqueles que a frequentam não tem esta consciência, valorizarão somente os iguais como bem ironiza a charge do Tonucci apresentada no vídeo:













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