Curso de Especialização em Ética, Valores e Cidadania na Escola

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Vídeo-Aula 10 - Interdisciplinaridade e Transdisciplinaridade na Educação

Temas Transversais
Prof. Nilson José Machado


            Dizer que desenvolve projetos interdisciplinares tem se tornado um jargão profissional no campo da Educação.
      A questão é: será que o que se faz hoje é interdisciplinaridade, ou melhor, transdisciplinaridade como se busca atualmente?
  Para responder a esta questão é necessário pensar a escola tal como ela é, fruto da fragmentação científica, proposta no século XVII por René Descartes e que provocou a disciplinarização do Currículo.
               Toda a Sociedade Moderna foi pensada a partir do Método Científico de Descartes e, a partir de então, a tendência tem sido fragmentar para organizar, do simples para o complexo...

                Porém este pensamento já não responde mais aos anseios de uma sociedade e, por consequência, de uma escola que funciona em outro ritmo.
               A interdisciplinaridade surge como resposta à este ritmo metódico, à necessidade de relações mais fortes entre as disciplinas.
              Neste processo surge também a transversalidade, que é a integração das disciplinas em favor de um tema específico que não está no currículo. Trata-se de uma forma de tornar as aulas mais dinâmicas, mais próximas das necessidades cotidianas, visto que a escola ainda é disciplinar, mas a realidade não.
               Cabe à escola, partindo do interdisciplinar, fazer a ponte entre o disciplinar e o transdisciplinar (o que vai além da disciplina). E o caminho é a transversalidade.

                 Como fala o prof. Nilson José Machado: 
               "O conhecimento absolutamente disciplinar é coisa para especialista. A Matemática como um fim é coisa de Matemático, para o cidadão a Matemática é um meio".
                Para Edgar Morin esta visão fragmentada mutila o conhecimento. Para ele este sistema educativo: 
  • Separa as coisas;
  •  Separa o Homem da Natureza;
  • Não ensina a religar;
  • A religar o pensamento;
  • Religar para enfrentar os desafios globais e multidimensionais.
                         Algumas iniciativas pontuais já tem conseguido ótimos resultados no campo da transversalidade. Que a Escola  do século XXI supere as limitações do pensamento cartesiano assumindo o paradigma da transdisciplinaridade como aquele capaz de responder às necessidades da atualidade.






Nenhum comentário:

Postar um comentário